sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Reflexão acerca de um burro

Certa vez quatro meninos foram ao campo e, por 100 reais, compraram o burro de um velho camponês. O homem combinou entregar-lhes o animal nodia seguinte. Mas quando eles voltaram para levar o burro, o camponês lhes disse:
- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva-nos o dinheiro!
- Não posso, já o gastei todo.
- Então, de qualquer forma, queremos o burro.
- E para que o querem? O que vão fazer com ele?
- Nós vamos rifá-lo.
- Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.
Um mês depois, o camponês se encontrou novamente com os quatro garotos e lhes perguntou:
- E então, o que aconteceu com o burro?
- Como lhe dissemos, o rifamos. Vendemos 500 números a 2 reais cada ume arrecadamos 1.000 reais.
- E ninguém se queixou?
- Só o ganhador. Porém lhe devolvemos os 2 reais e ficou tudo resolvido.
Os quatro meninos cresceram e fundaram um banco chamado Opportunity, um outro Banco chamado Marka, uma igreja chamada Universale o último tornou-se Ministro do Supremo Tribunal Federal.

No açougue...

Num açougue do Rio de Janeiro, chega de repente uma exuberante Ferrari vermelha e dela sai um torcedor do Vasco e chega para o açougueiro e pergunta:- O Sr. tem picanha?- Tenho sim - respondeu o açougueiro.- Corte para mim vinte peças - diz o torcedor do Vasco, pagando com notas de 100 dólares, saindo em seguida.Passados 10 minutos, chega uma BMW e dela sai um Botafoguense, chega para o açougueiro e pergunta:- O Sr. tem alcatra?- Tenho sim - respondeu o açougueiro sorridente pela última venda.- Corte 70 quilos - pede o Botafoguense que recebe e paga com cartão Platinum e indo embora logo em seguida.Nesta hora, muito feliz pelas vendas, o açougueiro recebe um torcedor do fluminense em uma Mercedes que diz:- O Sr. tem filé mignon?- Tenho sim - respondeu o contente açougueiro - O Sr. corte 50 quilos, por favor - diz o tricolor, que paga a mercadoria com notas de 100 reais, saindo logo após.De repente, chega um Corcel II, bem velho e todo enferrujado, placa de NILÓPOLIS, com um adesivo 'A INVEJA É UMA MERDA' numa lateral, outro no pára-brisa 'VEÍCULO RASTREADO POR VIZINHOS FOFOQUEIROS', por último pegando o vidro traseiro inteiro 'É DEUS NO CÉU E NÓIS NO CORCEL' de onde sai um brutamontes com a camiseta e gorrinho do FLAMENGO, e diz para o açougueiro:- E ai mermão, cê tem asa?- Tenho sim - respondeu o açougueiro.- Então voa: é um assalto!!!
Piadas que me enviam...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Você já sentiu um medo tão grande a ponto de se sentir paralisado?
Eu já!
Fui assim.
E é bem pior do que se sentir assim.
Tinha medo do diferente, do proibido, segundo as outras pessoas.
Ainda bem que consegui me mover,
saí daquele estado de repouso ao qual nos obriga à inércia.
Não que agora eu esteja em ritmo frenético, posso dizer que estou em aceleração, quebrando a monotonia de ser sempre igual.
Ser inerte não é só estar parado, sem se mover,
pode ser também mover-se com receio de ir adiante.
Pessoas que vivem assim não progridem nem regridem.
Pior que andar para trás é não andar!
Agora que eu não estou mais como agente da passiva,
me sinto livre,
não como gostaria,
mas pelo menos sei que essa liberdade tende a se tornar
LIBERDADE!!!
Hulla Lima
Lágrimas que não podem ser traduzidas
Por serem profundas, ocultas, escondidas.
Tristeza desconhecida, nunca antes sentida.
Sentimentos novos.
Marinheiro de primeira viagem no seu décimo navio.
Expressão interior de dor, melancolia, torpor.
Quero afogar tudo na poça das minhas lágrimas.
Sentir o prazer do sonho realizado,
Compartilhar a felicidade que contagia.
Viajar de encontro aos meus desejos
E encontra-los em outro alguém.
E ser encontrada.
Estória lírica tão sonhada
Que persiste indesejada.
Amor encontrado, amor perdido
Amor verdadeiro, amor sofrido
Será amor ou mentira que sonha comigo?!?
Hulla Lima

Enganos

Um dia tudo pode ser apagado...
Para onde irão as minhas memórias?
O meu coração já não terá mais abrigo nesse dia.
E o sol será meu esconderijo mais frio.
Eu não eu não terei mais chão para pisar,
Nem céu para voar.
Para onde irão meus pensamentos?
Meus sentimentos podem ser apagados um dia,
Podem ser queimados, jogados no lixo.
Mas, ninguém além de mim é capaz de matá-los.
A vida nem sempre é cor, luz
Há vida no escuro, no nada
Há vida nas folhas apagadas.
E a morte... Ah! A morte!
A morte nem sempre é negra e vazia
Há morte nas cores iluminadasHá morte nas páginas rabiscadas...


Hulla Lima

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

LEIA COM AETÇNÃO!

Já percbeeram que não ipomrta em qaul odrem as lertas de uma plarava etãso? Na vdaerde, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma toatl bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Incríevl!

...

Porto Solidão

O tempo é um porto onde os navios da vida,
sem âncoras,
conseguem flutuar sobre o mar da solidão...
E os sentimentos como as tempestades vão...
Em alto mar, navegam conforme as ondas.
É assim que meu barco vai...
E eu navego no vazio do meu íntimo, até você.
O tempo passa e a cada porto se faz parar o velho barco.
É como se estacionasse o tempo
E no silêncio de cada angústia,
eu vou...
estou a procurar você..
e assim meu barco vai,
navegando na solidão dos meus dias,
pensando em você sou feliz!
Hulla Lima
Não te quero ter!
Pois em meu ser estaria tudo acabado.
Quero apenas que surjas em mim
como a fé nos desesperados.

Hulla Lima
Se tudo fosse fim;
você seria o começo.
Se tudo fosse caos;
você seria o Cosmos.
Eu não sou sem você ser!
Não e se não fosse!

Hulla Lima

Refúgio

“O seu jeito me parou no tempo.
Um passo lento e sua voz me envolveu toda.
No refúgio, a sombra do nosso vulto,
Lento e disforme...
Um olhar de quem sente e não lembra...
Umas mãos que falam e não pensam.
Uma boca que cala desejos...
Um sorriso que penetra no corpo.
Você!
O refúgio,
A sombra,
Que tomou conta de mim.
Consumiu meu corpo
Num abraço,
Num beijo,
Num fim..”
Hulla Lima

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Por muito tempo, pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria. Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.
A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite os momentos que você tem. E proveite-os mais se você tem alguém para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo.


(Henfil)

Divina Comédia Humana

Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia

Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto

Belchior

Sem saída

A estrada é muito comprida
O caminho é sem saída
Curvas enganam o olhar
Não posso ir mais adiante
Não posso voltar atrás
Levei toda a minha vida
Nunca saí do lugar.

Augusto de Campos

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O que você disse

Dizem que não mais eu sei o que rola por trás da cortina
Você não consegue me enganar
Eu já tomei dessa vacina.
Eu quero ter um coração mole como manteiga
Pra quando precisar chorar
Na alegria ou na tristeza
Vou te falar

O que você disse machucou meu coração

Palavras são flechas envenenadas
Podem ferir ou até matar
Feridas abertas
Outras fechadas
Uma cicatriz sempre vai ficar

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Vendedor de Palavras

Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se liam livros nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande, 'indigência lexical'. Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma idéia fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os camelôs.
Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: uma mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia: 'Histriônico — apenas R$ 0,50!'.
Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos parasse e perguntasse.

— O que o senhor está vendendo?
— Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico a cinqüenta centavos como diz a placa.
— O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de todos.
— O senhor sabe o significado de histriônico?
— Não.
— Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou coisas de que elas não precisem.
— Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.
— O senhor tem dicionário em casa?
— Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.
— O senhor estava indo à biblioteca?
— Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.
— Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta centavos de real!
— Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?
— Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá de jogá-la fora e o feijão caruncha.
— O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras?
— O senhor conhece Nélida Piñon?
— Não.
— É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.
— E por que o senhor não vende livros?
— Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, portanto eu as vendo no varejo.
— E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não enchem barriga.
— A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado. Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela carinha de dona-de-casa ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga. Suponho que para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano de trabalho.
— O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...
— Jactância.
— Pegar um livro velho...
— Alfarrábio.
— O senhor me interrompe!
— Profaço.
— Está me enrolando, não é?
— Tergiversando.
— Quanta lenga-lenga...
— Ambages.
— Ambages?
— Pode ser também evasivas.
— Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!
— Pusilânime.
— O senhor é engraçadinho, não?
— Finalmente chegamos: histriônico!
— Adeus.
— Ei! Vai embora sem pagar?
Fábio Reynol